FAMILIA    CAMOZZATO

                                     Relação dos Primeiros Imigrantes no Brasil 

                                                                                                                                                                                            

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    Foram Giuseppe e Giovanni, filhos de Domenico Camozzato e Ana Tesser, que em 1880 deram início à presença dos Camozzato no Brasil.

    Sua chegada  se deu em 12.01.1880 pelo Vapor Hohenzollern, atracando no porto do Rio de Janeiro

   

 

   Um pouco mais tarde, 1888, chegou a familia de Antonio Camozzato e Vitoria Minotto, ele filho de Angelo Camozzato e Anna Innocente.

   

    Em 22.1.1889 tem-se registro inicial em São Paulo da presença da família de Rosa, filha de Domenico Camozzato e Ana Tesser, casada com Gaetano Gallina..

   

    Todos vieram de Montebelluna, Treviso, Itália.

 

Chegada 12.01.1880 pelo Vapor Hohenzollern, atracando no porto do Rio de Janeiro, registros 446 a 451 da relação de passageiros do navio:

NOME PROVINCIA   DATA NASCIMENTO FILIAÇÃO CONJUGE DATA CASAMENTO
Camozzato Giuseppe   02-09-1839 Domenico Camozzato e Anna Tesser Maria anna De Lucchi  17-11-1863
Camozzato Angelo  Treviso 28-05-1866  Giuseppe Camozzato e Maria Anna De Lucchi     
Camozzato Amalia   25.04.1868 Giuseppe Camozzato e Maria Anna De Lucchi     
Camozzato Attilio  Treviso 04-02-1873  Giuseppe Camozzato e Maria Anna De Lucchi     
Camozzato  Olimpia Maria   18-02-1875 Giuseppe Camozzato e Maria Anna De Lucchi     
Camozzato Albino   ilegível Giuseppe Camozzato e Maria Anna De Lucchi    

    São de descendentes de Giuseppe Camozzato e Maria Anna de Lucchi a maioria dos Camozzato que vivem no Brasil, concentrando-se especialmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Seus filhos Angelo, Atilio (nascido 12/5/1880 em Caxias do Sul) e Francisco, nascido também em Caxias do Sul em 19/9/1888, tiveram muitos filhos. 

    Principalmente localizados em Santa Catarina, mas também no Paraná, os descendentes de Francisco apresentam-se como "Camuzzato". 

    Conforme certidão do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul,  em Porto Alegre, consta que conforme Livro de Matrícula de Colonos - Colônia Caxias Codice C-231, livro 44 página 58 registro 1307, a chegada da familia de Giuseppe Camozzato na Colônia de Caxias teria se dado em 15.02.1880.

Leia trecho do depoimento de Olimpia Maria (Madre Maria Juliana) tomado pela Irmã Maria Evangelista de Moura em maio de 1972 e disponibilizado pela Congregação Imaculado Coração de Maria em relação à vinda para o Brasil:

"Na viagem morreram dois já em terras do Brasil: um com 3 anos, ao passar por Rio Grande; outro, com 7  anos quando estavam em São Sebastião do Caí. Estabeleceram-se em Monte Bérico-Caxias. O pai exercia qualquer ofício: lavrador,carpinteiro, construtor, etc."

Este depoimento confirma o destino do Attilio Camozzato nascido em 1873 na Itália e falecido com 7 anos, sendo o mesmo nome dado ao novo filho nascido em 12/5/1880 em Caxias do Sul, Atílio, que deixou os descendentes Camozzato de Antonio Prado e de Albino Camozzato, o caçula, cujo nome também foi objeto de homenagem posterior por parte de Angelo ao dar este nome ao seu terceiro filho (1º Ginebra nascida 1889, 2º Antonio nascido 1892 e 3º Albino nascido 1894).

 

Chegada 12.01.1880 pelo Vapor Hohenzollern, atracando no porto do Rio de Janeiro, registros 453 a 459 da relação de passageiros do navio:

NOME PROVINCIA   DATA NASCIMENTO FILIAÇÃO CONJUGE
Camozzato Giovanni  Treviso 1835 Domenico Camozzato e Anna Tesser Luigia Agnoletto
Camozzato Rondoinda Treviso 1865 Giovanni Camozzato e Luigia Agnoletto  
Camozzato Vittoria Treviso 1869 Giovanni Camozzato e Domenica Agnoletto  
Camozzato Antonia Treviso 1871 Giovanni Camozzato e Luigia Agnoletto  
Camozzato Filomena Treviso 1874 Giovanni Camozzato e Luigia Agnoletto  
Camozzato Beniamino Treviso 1876 Giovanni Camozzato e Luigia Agnoletto  

        

A família de Giovanni Camozzato e Luigia Agnoletto tem chegada em Caxias do Sul em 2/3/1880 conforme Livro Matrícula de Colonos 2, Códice 339-C, fls. 34.  A partir desse registro, não foi possível encontrar informações sobre o destino de seus membros exceto de Vittoria Camozzato, a qual posteriormente se transferiu para Porto Alegre e onde seu filho Benjamim Celestino Camozato se tornou conhecido e de Rondoinda, que casou em Porto Alegre em 26/01/1884 (livro 06 folha 20) na Igreja Nossa Senhora do Rosário com Giovanni  Piva. Na certidão de casamento de Rondoinda e Giovanni Piva o nome da mãe de Rondoinda que aparece é Domingas (Domenica), havendo certidão de casamento na Italia entre Giovanni Camozzato e Domenica Agnoletto. Logo, o que parece ter acontecido é o falecimento na Itália ainda de Domenica e o posterior casamento de Giovanni com a irmã de Domenica, Luigia. Este tipo de situação não era incomum na época.   Dos demais, não localizamos até ainda qualquer registro sobre sua presença, não devendo ser descartada a possibilidade de seu retorno para a Itália.

Na relação de passageiros a familia de Giovanni Camozzato começa na linha 453 e termina na 459, sendo o normal iniciar pelo chefe da familia, esposa e depois filhos dos maiores para os menores.  Já no site da emigrazioneveneta, link abaixo, consta a vinda para o Brasil de Luigi Camozzato filho de Giovanni Camozzato e Luigia Agnoletto que não aparece na relação de passageiros.  Recebemos da Paróquia de Montebelluna o registro de nascimento nº 104 de 19.5.1870 de Luigi Antonio Camozzato, filho de Giovanni Camozzato e Luigia Agnoletto, o que confirma o que aparece no site www.emigrazionevêneta.com. da vinda de um Luigi Camozzato nascido em 1870 filho de Giovanni e Luigia.

De qualquer forma, permanece o fato de que não localizamos até o momento nenhuma informação da familia do Giovanni Camozzato e da Luigia Agnoletto exceto da filha Vitória, que teve um único filho Benjamim Celestino Camozato que é um dos destaques da familia, dentista e com intensa participação cultural em Porto Alegre.

 

 

Chegada em 1888. Familiares informam terem vindo pelo navio Bologna, não localizamos ainda a relação de passageiros.

NOME PROVINCIA   DATA NASCIMENTO FILIAÇÃO CONJUGE DATA CASAMENTO
Camozzato Antonio  Treviso 03-02-1845  Angelo Camozzato e Anna Innocente  Vittoria Minotto  07-10-1877 
Camozzato Anna  Treviso 08-05-1880  Antonio Camozzato e Vittoria  Minotto     
Camozzato Giuseppe Angelo  Treviso 02-05-1882  Antonio Camozzato e Vittoria  Minotto     
Camozzato Angelo Raffaele  Treviso 02-05-1884  Antonio Camozzato e Vittoria  Minotto     
Camozzato Pietro Antonio  Treviso 08-10-1887  Antonio Camozzato e Vittoria  Minotto     

        A familia de Antonio Camozzato e Vittoria Minotto após chegar ao Brasil pelo porto de Santos ficou na Hospedaria dos Imigrantes, na cidade de São Paulo. Essa hospedaria, agora como Memorial do Imigrante, atesta que a chegada da família ocorreu em 17/4/1888 pelo vapor Washington (livro 010 página 166). No registro da hospedaria o sobrenome que consta é Camazzata.

        A família de Antonio Camozzato  e Vittoria Minotto viveu nas cidades de Catanduvas e Marília, no Estado de São Paulo, tendo descendentes no norte do Paraná principalmente, Umuarama, Icaraima e arredores. Por erros de registro, a maioria dos seus descendentes apresentam-se como "Camossato". 

 

 

Chegada em 22.01.1889 por informações do site emigrazione veneta, link abaixo:

NOME PROVINCIA   DATA NASCIMENTO FILIAÇÃO CONJUGE DATA CASAMENTO
Camozzato Rosa  Treviso 21-08-1831  Domenico Camozzato e Anna Tesser Gaetano Gallina  10-04-1855 
Gallina Giustina   26-07-1859 Gaetano Gallina e  Rosa Camozzato     
Gallina Angelica   25-04-1868 Gaetano Gallina e  Rosa Camozzato     
Gallina Alfonso Felice   26-07-1871 Gaetano Gallina e  Rosa Camozzato    

    Da família de Rosa Camozzato e Gaetano Gallina não conseguimos ainda localizar seu destino.

 

Conforme pesquisas e também, dados extraídos do sítio Emigrazione Veneta, fonte bastante confiável. 

http://www.emigrazioneveneta.com/datatot2bis.php?TOCCO=camozzato&Submit=Invia

 

Pelo mesmo Vapor Hohenzollern, linhas 469 a 473 da relação de passageiros, chegou ao Brasil a familia do sogro de Giuseppe Camozzato, Odoardo de Lucchi e Elisabetta Scandiuzzi  com os filhos Giuseppe, Luigia e Augusta.  Consta ainda no site www.emigrazioneveneta.com.br  a chegada de outro filho de Odoardo de Lucchi e Elisabetta, Gustavo De Lucchi, nascido em 1835 e com 35 anos quando da chegada ao Brasil. 

Leia trecho do depoimento de Olimpia Maria (Madre Maria Juliana) tomado pela Irmã Maria Evangelista de Moura em maio de 1972 e disponibilizado pela Congregação Imaculado Coração de Maria:

Este Gustavo De Lucchi é citado  pela Irmã Maria Juliana em maio de 1972 na cidade de Gramado/RS, no qual entre outras informações, fala sobre o tio materno Gustavo De Lucchi. Descreve o tio Gustavo dessa forma: "Gustavo era, primeiramente, Guarda Pontifício. Possuia porte imponente e mais imponente ficava com a sua farda própria. Foi ele que veio primeiro ao Brasil, antes de a família se transportar para cá, a fim de providenciar o local e as condições. Casou aqui no Brasil, teve 4 filhos; depois mudou-se para a Argentina".

 

OUTROS CAMOZZATOS DE MONTEBELLUNA AINDA SEM VINCULAÇÃO IDENTIFICADA NA ÁRVORE GENEALÓGICA:

 

ANTONIO  CAMOZZATO e VITORIA MINOTO.

1. ANTONIO  CAMOZZATO. Casou com  VITORIA MINOTO.
Filhos de ANTONIO CAMOZZATO (chegou com 43 anos) e  VITORIA MINOTO(chegou com 35 anos):

2. i. Giuseppe Camazzato, nascido em  2 maio 1882, Montebelluna/Italia. Chegou com 6 anos

   ii. Anna Camazzato, chegou com 8 anos..

  iii. Pietro Camazzato, chegou com 4 anos.

 iv. Angelo Camazzato, chegou com 4 anos

Antonio Camozzato veio de Montebelluna (Treviso/Italia). Fabricava sapatos de alta qualidade na Italia. Veio para o Brasil pelo Navio Bologna, e os equipamentos industriais foram despachados em outro navio que entretanto jamais chegou. Dessa forma, tendo perdido seus bens de maior valor e nao podendo exercer no Brasil as atividades que tinha na Italia se viu obrigado a ir trabalhar nas lavouras de cafe em Sao Paulo. Morou em Catanduvas, Marilia e Duartina.
 

A familia de Antonio e Vitoria esteve na Hospedaria do Imigrante em São Paulo, livro 010 pagina 166. Consta como tendo chegado pelo vapor Waschington procedente da cidade de Santos, com chegada em 17/4/1888.

Os descendentes em sua maioria adotaram CAMOSSATO como sua identificação, havendo vários descendentes no norte do Paraná, alguns inclusive tendo corrigido posteriormente para CAMOZZATO.

 

LUIGI CAMOZZATO E AMÁLIA

1.  LUIGI CAMOSSATO  He married AMALIA. 

 Filhos de  LUIGI CAMOSSATO and AMALIA:

2.                i.    LODOVICO CIRILLO  CAMOSSATO, b. 24 maio 1886, Italia.

3.               ii.    GAETANO GIOVANNI CAMOSSATO, b. 4 janeiro 1888, Italia.

                 iii.    GIUSEPPE MOSE CAMOSSATO, b. 30 agosto 1890, Italia.

                 iv.    AMPELIO CAMOSSATO.

Também são Camozzato nascidos em Montebelluna os descendentes de Luigi Camozzato e Amália que chegados ao Brasil passaram a usar CAMOSSATO. A maioria se estabeleceu em São Paulo onde até hoje vivem descendentes.

 

 

GIOVANNI ANTONIO COMAZZETO casado com ROSA ZAVARISE e GIOVANNI COMAZZETO casado com ELENA BARBISAN

Os dois casais moraram com seus filhos no lote 35 do Travessão Thompson Flores em Caxias do Sul, tendo ali chegado em 19/1/1879, antes portanto de todos os demais.

Com base em dados obtidos no livro Os  Povoadores da Colonia de Caxias, fls. 182, edição de 1992, escrito por Mario Gardelin e Rovilio Costa, e ainda dados do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, foi possivel montar o mapa dos lotes em que se estabeleceram os Camozzato nas terras vendidas pelo governo brasileiro.

 

 O Travessão Aliança foi dividido em 58 lotes.  Giuseppe Camozzato comprou parte do lote 19

O Travessão Thompson Flores foi dividido em 114 lotes.

       Edoardo de Lucchi comprou o lote 36 e 38. Edoardo de Lucchi era o sogro de Giuseppe Camozzato, pai de Marianna de Lucchi.

      Giovanni Antonio Comazzeto comprou o lote 35 do Travessão Thompson Flores.   

Olhando os lotes adquiridos, tem-se que eles todos são vizinhos:

 

TRAVESSÃO ALIANÇA CAXIAS DO SUL TRAVESSÃO THOMPSON FLORES
LOTE 58 LOTE 57 LOTE 114 LOTE 113
LOTE 112 LOTE 111
       
 
LOTE 24 LOTE 23 LOTE 46 LOTE 45
LOTE 44 LOTE 43
LOTE 22 LOTE 21 LOTE 42 LOTE 41
LOTE 40 LOTE 39
LOTE 20 19 GIUSEPPE CAMOZZATO 38 EDOARDO DE LUCCHI LOTE 37
36 EDOARDO DE LUCCHI 35.Giovanni Antonio Comazzeto
LOTE 18 LOTE 17 LOTE 34 LOTE 33
LOTE 32 LOTE 31
LOTE 16 LOTE 15 LOTE 30 LOTE 29
LOTE 28 LOTE 27
LOTE 14 LOTE 13 LOTE 26 LOTE 25
LOTE 24 LOTE 23
LOTE 12 LOTE 11 LOTE 22 LOTE 21
LOTE 20 LOTE 19
LOTE 10 LOTE 9 LOTE 18 LOTE 17
LOTE 16 LOTE 15
LOTE 8 LOTE 7 LOTE 14 LOTE 13
LOTE 12 LOTE 11
LOTE 6 LOTE 5 LOTE 10 LOTE 9
LOTE 8 LOTE 7
LOTE 4 LOTE 3 LOTE 6 LOTE 5
LOTE 4 LOTE 3
LOTE 2 LOTE 1 LOTE 2 LOTE 1
 

As duas familias que ocuparam o lote 35 eram formadas por:

Giovanni Comazzeto com 60 anos casado com Elena Barbisan de 59 anos

     Pasquale era o único filho, com 21 anos de idade, solteiro.

Giovanni Comazzeto com 38 anos casado com Rosa Zavarise, com 35 anos.

    Sao filhos de Giovanni e Rosa Zavarise:

         Elena, com 15 anos nascido na Italia

         Regina, com 12 anos nascido na Italia

         Luigia, com 10 anos nascido na Italia

         Santa, com 8 anos nascido na Italia

        Giovanni, com 6 1/2 anos nascido na Italia

        Luigi Santo com 2 anos nascido no Brasil

 

A situação apresentada faz pensar que Giovanni Antonio Comazzeto era filho de Giovanni Comazzeto e este era irmão ou parente próximo de Giuseppe Camozzato.

 

Tanto para Antonio, Luigi  e os dois Giovanni teria que ser feita pesquisa na Italia para encaixar na árvore da família. São remotas as possibilidades que não façam parte da mesma descendência de Montebelluna já identificada.

 

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